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29 de maio de 2017

Feirão da Caixa oferece mais de 80 mil imóveis em oferta

Procura maior é por aqueles que se encaixam no Minha Casa Minha Vida. São imóveis de até R$ 240 mil e renda familiar começando em R$ 1.800.

Tem feirão de imóveis neste fim de semana em 11 cidades do país. Em São Paulo, a procura maior foi pelos mais baratos, que se enquadram no programa Minha Casa Minha Vida.
As construtoras lembram já na recepção que maio é o mês das noivas. E quem casa quer casa. Tem pipoca, algodão doce, bem-casado. Mas, em época de crise, não está fácil ganhar o coração do consumidor.

“Eu estou achando o preço alto ainda, está alto ainda pra gente, vamos pesquisar mais ainda”, disse um candidato.

Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fipe, especialista em mercado imobiliário, lembra que os preços dos imóveis estão praticamente parados no Brasil.
“As pessoas ficam mais receosas, os empresários ficam com mais dúvidas, a incerteza realmente está muito grande, mas a necessidade continua existindo. O mercado não deixa de funcionar. Ele perde dinamismo, mas continua a funcionar”, disse.

O Feirão da Caixa é uma tentativa de movimentar esse mercado. Mais de 80 mil imóveis em oferta e corretores por todos os lados, tentando vender o peixe.
Na feira-livre tudo é mais simples, se o cliente gostou da oferta, é só pagar e levar o produto. No Feirão, o primeiro passo é pegar uma senha, o candidato vai passar por uma avaliação do crédito para saber se ele tem renda suficiente para financiar um imóvel.
“A maior concentração de financiamentos é de imóveis de até R$ 240 mil que são os imóveis que se enquadram no Minha Casa Minha Vida”, explicou Gustavo Sampaio, superintendente regional da Caixa.

A renda da família para esses imóveis começa em R$ 1.800. A Kaci e o Eric vieram sem grandes pretensões.
“Ela nem queria vir, eu falei pra ela, vamos lá, vamos tentar, vamos ver o que da. Acho que agora vai dar certo”, disse o estoqueiro Eric Oliveira da Silva.
Tiveram crédito aprovado e fecharam negócio: um apartamento de dois quartos, financiado em 30 anos.
“Nós viemos fazer uma análise, mas decorreu bem melhor do que esperava. Sair do aluguel é tudo, né?”, comemorava Kaci Kelen Melo de Carvalho, que é cuidadora de idosos.

Fonte: http://g1.globo.com

27 de maio de 2017

“Mercado imobiliário depende de três coisas: inflação, estabilidade econômica e crédito”

O presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Cláudio Cunha, destaca que para a retomada do mercado é preciso haver estabilidade. Em entrevista ao jornal A TARDE, antes das denúncias envolvendo Michel Temer, ele fez observações sobre o futuro dos empreendimentos comerciais em Salvador e cobrou do setor público mais investimentos em segurança e ordenamento jurídico para que os bairros se desenvolvam.

A pesquisa mensal da Ademi-BA aponta que em alguns bairros já começa a haver uma demanda por imóveis?

Há vários bairros da cidade onde você encontra uma demanda por determinado tipo de produto. Hoje em toda a cidade há apenas 620 unidades comerciais em estoque. É muito? Se fosse em uma região só, sim. Mas nessa região (Avenida Tancredo Neves) só há unidades no Hangar, no Mondo Plaza e alguma coisa no CEO (CEOSalvador Shopping). Do Iguatemi para a Barra, não há disponibilidade alguma de salas comerciais. Que existe demanda, existe. Como não há oferta, há aí uma oportunidade para investir.

Mas a questão é que deixou de haver lançamentos...

Nos últimos anos, os lançamentos de salas comerciais que ocorreram foram aqui na Tancredo Neves. O Comércio (antigo centro financeiro da cidade) praticamente veio todo para cá nos anos 1990. Os lançamentos do segmento foram todos nessa área e o centro financeiro acabou ficando aqui. Só que há um problema de mobilidade. O cara que mora na Barra pega esse engarrafamento todo para vir à Tancredo Neves. Se houvesse salas no meio do caminho, como na Garibaldi, ele não viria para cá. Quem mora em Itapuã, antes não tinha opção. Tinha que vir para cá. Hoje ele fica ali por Patamares, (na Paralela) já tem o Manhattan, o Cosmopolitan... Já tem algumas opções e evita também essa locomoção.

E o Centro Histórico? Com essas tentativas de revitalização, os bairros no entorno seriam atraentes para lançamentos comerciais?

Sim. Até o próprio Comércio, onde já há uma demanda consolidada. Existe uma pequena oferta e há uma disponibilidade muito grande de prédios abandonados. Ou porque estão tombados ou porque suas instalações físicas se deterioraram e ficaram vazios. Se houvesse um incentivo do poder público, estadual e, principalmente, municipal, pois falamos de legislar sobre a cidade, poderia haver a ocupação desses empreendimentos, com um retrofit no prédio. Para que se possa ter condições de reformar os prédios e fazer novos lançamentos. Como também residenciais. O Comércio à noite só tem as universidades. Depois, ele fica sem vida. Assim como o Centro Histórico. Existe um projeto da prefeitura (Revitalizar) de ocupar o centro com habitação. Seria interessante porque ao requalificar o bairro começa a haver outro tipo de oferta de produtos. Residenciais e comerciais. Mas para isso você tem que ter o poder público vindo à frente. Primeiro com segurança (policiamento) e com segurança jurídica. Para que o investidor coloque recursos nos imóveis precisa saber de que forma o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o Ipac (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural) e a prefeitura vão agir para que não haja uma surpresa lá na frente. É preciso ver também com os urbanistas da cidade de que forma se pode melhorar aquela região e viabilizar um produto para venda. Essa segurança só o poder público pode dar.

Nesse momento, não há segurança jurídica para que a iniciativa privada invista nos casarões?

As determinações do Iphan e do Ipac têm que estar alinhadas com as da prefeitura para que haja um procedimento único. Tem que haver uma legislação e não várias.

Falando das incorporadoras, já há perspectivas de lançamentos à vista?

Há para o segundo semestre. O mercado imobiliário depende de três coisas básicas: inflação, estabilidade econômica e crédito. No crédito, a gente tem as taxas de juros caindo. Com perspectiva de que estejam abaixo de 9% no final do ano. O controle da inflação, que já está aí. Isso aumenta o poder de compra das pessoas. E a estabilidade. Da compra do terreno até o imóvel ficar pronto são pelo menos cinco anos. Eu diria que 90% dos imóveis são financiados. E qualquer pessoa para fazer investimento a longo prazo precisa se sentir segura. A estabilidade política e econômica é fundamental para trazer de volta o emprego e consequentemente o poder de compra.

Sobre a pesquisa, como estão se comportando as vendas de imóveis?

A região da Barra hoje praticamente não tem disponibilidade de imóveis de quarto e sala. Dois quartos, a mesma coisa. Temos uma oportunidade de mercado para novos lançamentos. Isso vai se refletir na redução de estoques. Aliás, é o momento de comprar imóveis porque são unidades construídas há um ano, dois anos e que têm um preço diferente dos novos lançamentos. Que são impactados pelos novos custos, pelo aumento dos insumos, e têm um preço reajustado. Então, comprar imóvel hoje para quem tem possibilidade é uma excelente oportunidade. E devemos sim ter novos lançamentos a partir do segundo semestre.

Já há algum tempo que é difícil encontrar apartamentos de dois quartos...

São os imóveis que mais vendem durante o ano. É o que nós chamamos de primeiro imóvel da família. Os produtos que têm mais demanda são os imóveis de dois e três quartos. Depois, a depender da região, pode se vender bastante o quarto e sala ou o quatro quartos.

Sobre crédito, o governo havia pensado em limitar os recursos para a construção de imóveis para a classe média, mas voltou atrás. Como o senhor avalia isso?

O governo pensou em limitar os recursos para os chamados apartamentos pró-cotistas, que são os imóveis que no Rio e São Paulo custam até R$ 950 mil e no resto do país, até R$ 800 mil. A vantagem desses imóveis é que, como eles utilizam recursos do FGTS, as taxas de juros são menores do que os do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Enquanto a caderneta de poupança tem hoje 11% de taxa de juros, o pró-cotista está em torno de 8,5% ou 9%. É muito mais vantajoso para quem está adquirindo um imóvel usar o sistema pró-cotista. É preciso ter pelo menos 10% do valor do imóvel que quer comprar como reserva e ter uma conta ativa no FGTS há pelo menos três anos. O governo federal anunciou um remanejamento de verbas do FGTS para ter um recurso maior disponível e então vai permanecer o sistema pró-cotista.

http://atarde.uol.com.br

4 de janeiro de 2017

Consultor orienta sobre dados que devem estar no contrato de imóveis

Especialista ressalta atenção na hora de comprar casa na planta. Consumidor pode verificar idoneidade da empresa pela internet.

Adquirir a casa própria é o sonho de muita gente, mas em alguns casos, a tão esperada escritura acaba virando frustração. Segundo especialistas, a situação é mais complicada ainda quando a compra é feita com o imóvel na planta, já que o consumidor paga por algo que ainda não foi construído e o atraso na obra é apenas um dos problemas que ele pode enfrentar.

Segundo o consultor jurídico do Sindicato da Habitação de São Paulo Olivar Vitale todas as informações que o comprador precisa saber devem estar no contrato de compra e venda -como a qualificação das partes envolvidas (dados pessoais do vendedor e comprador), descrição detalhada da área útil e comum do imóvel, valor da venda e condições de pagamento, prazos de início de obras e entrega, possíveis reajustes em parcelas, implicações na rescisão, entre outros.
Se houver qualquer tipo de quebra contratual, como atraso na entrega ou falta de pagamento, a punição para qualquer uma das partes, tanto para quem vendeu e não entregou, quanto para quem comprou e não pagou, por exemplo, deve estar bem clara.
“Se o imóvel ainda for a construir ou estiver em construção, ele tem que analisar se está registrado no que a gente chama de incorporação imobiliária, que é um instituto segundo o qual o incorporador já apresentou no cartório de registro de imóveis todos os documentos que demonstrem que o empreendimento vai ser realizado, já foi aprovado e que aquele incorporador tem financeiramente uma vida saudável”, orienta Olivar Vitale.

De olho no contrato
A esteticista Cristina Campos comprou um apartamento há mais de 20 anos, mas em vez de ter as chaves em mãos, ela folheia as páginas do contrato e do processo que abriu na Justiça contra as construtoras do imóvel. Ela comprou um apartamento na planta em 1995 por R$ 60 mil, em Bauru (SP).
Segundo o contrato, a obra seria entregue três anos depois. Com o atraso na construção, ela entrou na Justiça para reaver o valor que tinha investido. Mais de duas décadas passaram, e ela continua no prejuízo. “Eu paguei até o final e até hoje não recebi”, lamenta. 
Já o escrevente Rodrigo Olivério de Jesus já comprou três apartamentos na planta, e nunca teve problemas. Além de prestar atenção no contrato, ele pesquisa todos os dados da empresa, a construtora ou empreiteira, de quem está comprando o imóvel.
“Nós verificamos com relação à empresa certidões de processo e algumas negativas com relação a empresa, ou seja, nós temos acesso fácil via internet para verificar se essa empresa é idônea ou não. É fácil para o consumidor fazer isso pelos sites como o da Receita Federal, Justiça Federal, Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho para verificar se essa empresa é devedora trabalhista, entre outros sites”, ressalta Rodrigo.
A dica mais importante é que não adianta comprar nada por impulso, principalmente em tempos de crise. Basta ficar atento a medidas simples, pra evitar muita dor de cabeça no futuro.

http://g1.globo.com
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